VÍDEO – Ramagem admite que surrupiou aparelhos da Abin: “Poderia, mas não devolvi”

Atualizado em 26 de janeiro de 2024 às 8:53
Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin. Foto: reprodução

O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) admitiu que deveria ter devolvido os computadores apreendidos pela Polícia Federal (PF) durante a operação realizada nesta quinta-feira (25). Os dispositivos pertenciam à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e foram encontrados em endereços ligados ao parlamentar.

Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão em sua casa, apartamento funcional e gabinete, a PF recuperou seis celulares e quatro notebooks que Ramagem teria retirado da Abin.

“O que levaram da minha residência, se houve computador que era da Abin ou telefone, foram trocados por novos. Não tem utilização há mais de três anos, sem uso. Mesmo sem uso não devolve. Poderia devolver, mas não devolvi”, destacou o deputado federal em entrevista à GloboNews.

Ramagem foi alvo da Operação Vigilância Aproximada, desdobramento da Operação Primeira Milha, que investiga o suposto uso ilegal da plataforma FirstMile. De acordo com a PF, o software era utilizado para monitorar ilegalmente políticos, servidores públicos, jornalistas e advogados.

Segundo o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos, estima-se que cerca de 30 mil cidadãos brasileiros tenham sido alvo de monitoramento ilegal pela Abin durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

Após o desencadeamento da operação, Ramagem se recusou a prestar depoimento à Polícia Federal e informou aos investigadores que só falará quando tiver acesso ao inquérito.

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