O comandante da Guarda Civil Metropolitana (GCM) de São Paulo, Eliazer Rodella, foi afastado do cargo após ser denunciado por violência doméstica pela ex-mulher, Samara Rocha Bragantini. Segundo o relato, ele teria praticado agressões físicas em pelo menos três ocasiões, incluindo um episódio durante a gravidez de oito meses de sua esposa.

As denúncias foram feitas em entrevista ao canal Histórias de Divórcios, no YouTube, e também ao jornal Folha de S.Paulo. Em seu depoimento, Samara detalha uma das agressões: “Quando eu estava de oito meses do meu filho, ele me espancou. […] Ele batia minha cabeça na porta, deixou meus braços roxos, me jogou na cama com muita força.”

Ela afirmou ainda que vizinhas chegaram a acionar a polícia, mas que não foi possível registrar a ocorrência por medo de represálias. “A polícia foi até o portão. Ele ficou quieto. […] Eu não tinha ninguém. Pensei: ‘Se eu sair e fizer a denúncia, como que eu vou fazer?’”.

Apesar do depoimento, nenhum boletim de ocorrência foi registrado formalmente à época. Em nota, a Secretaria Municipal de Segurança Urbana de São Paulo confirmou o afastamento de Eliazer Rodella e informou que a Corregedoria da GCM irá abrir processo para apurar os fatos.

Caso as acusações sejam comprovadas, o comandante poderá ser exonerado do cargo. A pasta não informou quem assumirá interinamente o comando da GCM na capital.

Eliazer Rodella, de 56 anos, ingressou na Guarda Civil Metropolitana em 1988, como GCM de 3ª classe. Foi promovido a inspetor em 1998 e passou por diversos cargos de liderança ao longo da carreira.

Em janeiro de 2024, ele assumiu o cargo de comandante-geral da GCM, em substituição ao inspetor Agapito Marques. Rodella também atua como professor e coordenador da Academia de Formação em Segurança Urbana (AFSU) da Prefeitura de São Paulo desde 2016.

Ele também já comandou a Inspetoria Regional Ibirapuera e a Superintendência de Operações Integradas (SOI) do programa Smart Sampa, ligado à gestão de segurança urbana.