Aos 88 anos, o Papa Francisco está internado desde a última sexta (14) no hospital Policlínico Agostino Gemelli, em Roma, na Itália, e sofreu uma infecção nesta segunda (17). A condição de saúde do pontífice, que recentemente teve dificuldades para respirar durante uma missa e, no ano passado, interrompeu uma agenda por conta de um quadro de gripe, tem levantado especulações sobre uma sucessão no posto.

Em caso de morte do líder da Igreja Católica, o Vaticano entra em um período chamado “Sé Vacante” e é administrado temporariamente pelo cardeal carmelengo, título dado àquele que assume, interinamente, a direção de toda a igreja no momento de falecimento ou abdicação do Papa vigente.

Segundo o Catholic Herald, jornal mensal católico de Londres, membros da igreja nos bastidores têm discutido a nomeação de um Papa conservador ou um pontífice liberal. O filipino Luis Antonio Tagle tem sido apontado como um dos preferidos para a sucessão nos últimos anos.

Outros nomes apontados pelo jornal são o cardeal italiano Pietro Parolin, atual secretário de Estado do Vaticano considerado “moderado” nos bastidores, e Fridolin Ambongo, da República Democrática do Congo, que preside o Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagascar.

Os cardeais Marc Ouellet, do Canadá, Peter Erdö, da Hungria, e Matteo Zuppi, da Itália, também são considerados fortes candidatos para assumir o posto no Vaticano.

A escolha do novo Papa é feita por meio de um conclave na Capela Sistina e cardeais com menos de 80 anos votam até que um dos candidatos receba dois terços dos votos. As votações podem ocorrer até quatro vezes ao dia e o processo só acaba quando a meta é atingida.

A cada votação, as cédulas são queimadas em uma chaminé especial que indica se o Papa foi ou não escolhido: se a fumaça for preta, a sinalização é de que a votação não foi concluída, e se ela for branca, avisa ao mundo que a Igreja Católica tem um novo líder.

Quando o Papa Bento 16 renunciou em 2013, foram necessárias duas semanas para que o novo líder da Igreja Católica fosse anunciado. Atualmente, há 222 cardeais, sendo 120 deles elegíveis para votar, e oito deles completam 80 anos até o fim de 2025.

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