
O juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal em Brasília, além de autorizar a prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, autorizou a quebra dos sigilos bancários dele, da sua esposa, Myrian Pinheiro Ribeiro, da filha e do genro do pastor Arilton Moura.
Um dos motivos para a quebra foi a venda de um automóvel por Ribeiro para um dos pastores. A transação foi encontrada pela Controladoria-Geral da União.
De acordo com o relatório da CGU, após o surgimento de denúncias de irregularidades no Ministério da Educação, que iam no sentido contrário das tentativas do ex-ministro de se descolar dos pastores, foi onde se deu a venda.
Um dos trechos do relatório diz: “Em desfavor da argumentação do Sr. Milton Ribeiro, que tentou demonstrar que adotou postura de distanciamento do pastor, pesa também o fato de ter realizado a venda de um automóvel ao senhor Arilton após as denúncias”.
Entretanto, a transação de compra e venda do veículo se deu após esses fatos. E, segundo a PF, Ribeiro teria recebido um depósito de R$ 30 mil de um empresário como forma de organizar um evento na cidade com a presença do então ministro.
Tanto o atual ministro da Educação Victor Godoy Veiga quanto o chefe de gabinete do MEC, Djaci Vieira, confirmaram ter ouvido a história sobre a negociação do automóvel.