Moraes vota para condenar 2º réu por atos golpistas a 14 anos de prisão

Atualizado em 14 de setembro de 2023 às 16:44
Alexandre de Moraes durante o julgamento de Thiago de Assis Mathar, segundo réu pelo 8 de janeiro. Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, relator do processo contra Thiago de Assis Mathar, segundo réu pelo ataque terrorista do 8 de janeiro, votou para que ele seja condenado a 14 anos de prisão, em regime fechado inicial. O magistrado ainda fixou uma multa de R$ 30 milhões como indenização por danos morais coletivos, valor a ser pago por todos os condenados pelos atos golpistas.

Ele pediu uma pena inferior à do primeiro réu, Aécio Lúcio Pereira, condenado a 17 anos de prisão, por não ter feito publicações nas redes sociais convocando outros golpistas para o ataque. “Diferentemente do réu anterior, não postou e não ficou incentivando que outros adentrassem. Entendo que a sua conduta tem uma reprimenda menor do que a conduta do réu anterior”, justificou Moraes.

O ministro pediu a condenação de Thiago pelos cinco crimes usados na acusação: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Inicialmente, o ministro pediu a condenação de Thiago por 15 anos, mas se corrigiu logo depois e deixou claro que estava votando pela condenação do réu por 14 anos.

Thiago de Assis Mathar, réu pelos atos golpistas de 8 de janeiro. Foto: Reprodução

Thiago é produtor rural de Penápolis (SP) e foi preso pela Polícia Militar no Palácio do Planalto. Ele negou, em depoimento, que participou do ataque com “intenção de dar golpe ou depor o governo eleito” e que sua ida à capital federal serviria para “manifestar descontentamento”.

No processo, sua defesa alegou que ele foi ao palácio para se proteger de “bombas e tiros” disparados pelos agentes, mas Thiago admitiu que estendeu cortinas dentro da sede do governo para ajudar a entrada de outros golpistas.

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