
O Tribunal de Paris considerou a líder da extrema-direita na França, Marine Le Pen, e outros oito eurodeputados culpados por desvio de fundos públicos da União Europeia. Embora as sentenças ainda sejam discutidas, já se sabe que ela está proibida de concorrer à presidência do país em 2027, liderando atualmente as pesquisas.
Le Pen foi impedida de ocupar qualquer cargo público por cinco anos, conforme a sentença determinada.
O caso envolveu também outros doze assistentes, que foram considerados culpados pelo uso de bens roubados. O tribunal estima que o dano total tenha sido de aproximadamente € 2,9 milhões (cerca de R$ 18 milhões). Todos os réus são acusados de usar fundos da UE para beneficiar o partido de Le Pen.
Ela e 24 colegas de seu partido, o Reagrupamento Nacional, são acusados de desviar dinheiro destinado a assessores do Parlamento Europeu, utilizando os recursos para pagar quem trabalhava para o partido no período de quatro anos.
O caso foi inicialmente investigado pela polícia local e, posteriormente, encaminhado para a Justiça. O procurador que fechou o processo, em novembro do ano anterior, pediu uma pena de 10 anos de prisão, além de um impedimento de cinco anos para concorrer a cargos públicos e uma multa de € 300 mil. Ainda não se sabe se os três juízes seguirão a recomendação do procurador, mas, de acordo com a imprensa francesa, a expectativa é que isso aconteça.
🔴 DIRECT : Marine Le Pen FUIT le tribunal et se réfugie au siège du RN avec Jordan Bardella !
Tout un symbole. C’est la fin ! pic.twitter.com/CpvfEUDXOO
— Ilies Djaouti (@IliesDjt) March 31, 2025
Os acusados negam as acusações, afirmando que o uso do dinheiro foi legítimo e dentro das funções de um assistente parlamentar. No entanto, o juiz Benedicte de Perthuis discordou em sua sentença:
“As investigações também mostraram que esses não foram erros administrativos… mas apropriação indébita dentro de um sistema estabelecido para reduzir os custos do partido.”
Ainda não se sabe exatamente quem ou quantas pessoas receberam o dinheiro, mas, conforme o processo, entre elas estavam uma assistente pessoal de Le Pen e um guarda-costas.