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Na manhã desta quinta-feira (27), o ex-presidente e candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que seu adversário na disputa presidencial, o candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), está “ciente que vai perder as eleições”. O petista disse ainda que a ação da campanha do presidente sobre as inserções é “choro”.
Durante entrevista à rede de rádios Clube FM, Lula categorizou a investida da campanha adversária como “desesperada”. A equipe de Bolsonaro contestou as inserções de campanha em rádios do Nordeste, região em que o petista lidera a corrida presidencial com ampla vantagem.
“Eu não sei o estado psicológico do presidente, mas essas coisas da rádio são incompetência da equipe dele. Não temos nada a ver com isso. Ele está um pouco desesperado, percebeu que tem a possibilidade de perder a eleição”, disse Lula.
“Nós ainda temos que disputar algumas pessoas que estão indecisas e pessoas que votaram nulo e branco no primeiro turno, mas é o direito que ele tem de chorar, espernear, de quem sabe que vai perder as eleições. O Bolsonaro está ciente que vai perder as eleições. Ele estuda pesquisa, encomenda pesquisa e ele sabe que vai perder”, continuou.
O ex-presidente criticou o condicionamento das políticas externas do atual mandatário, afirmou que o país está “isolado” e que o presidente é o “único contencioso” do Brasil. Aproveitou para dizer que, caso seja eleito, irá “imediatamente” buscar por grandes parceiros comerciais do país para dialogar e “restabelecer” relações diplomáticas .
“Eu vou imediatamente fazer reunião com a União Europeia, com os Estados Unidos, com a China, com os países da América do Sul. Porque não é possível a gente viver num país em que o presidente não conversa com ninguém. Nem ninguém convida ele para viajar, nem ninguém quer vir aqui para o Brasil. O Brasil está isolado. Um país que não tem contencioso internacional com ninguém. O único contencioso é o Bolsonaro falando bobagem com outros países vizinhos, coisa que não é papel do presidente”, continuou.
“Não é possível viver em um país que o presidente não conversa com ninguém”, frisou.