Indicação ao TST deixa Lula entre Lira, Pacheco e aliados no Congresso

Atualizado em 28 de abril de 2024 às 10:56
Lula, presidente do Brasil. Foto: reprodução

A indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a vaga de ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) lança luz sobre as estratégias políticas do presidente. Com a lista tríplice enviada ao Palácio do Planalto, o presidente busca conciliar interesses diversos, desde as demandas do Congresso Nacional até a representatividade de gênero no Judiciário.

Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente, apoiam nomes distintos na lista tríplice. Lula busca desarmar a “pauta bomba” no Congresso, considerando nomear aliados desses líderes para amenizar as tensões entre Executivo e Legislativo.

No entanto, a crescente demanda por mais representatividade feminina no Judiciário pressiona o presidente. Com a vaga no TST em questão, setores da esquerda defendem a nomeação de mulheres para postos de comando. Esta pressão aumentou após as escolhas de Cristiano Zanin e Flávio Dino, para o Supremo Tribunal Federal, e Paulo Gonet, para a Procuradoria-Geral da República.

Adriano Costa Avelino, apoiado por Lira, enfrenta críticas por ter defendido, em 2016, que Lula e Dilma Rousseff fossem punidos com guilhotina. Em uma rede social, ele também escreveu que deveriam cortar a língua dos dois para os petistas “pararem de latir”. Já o presidente do Senado apoia o nome de Antônio Fabrício de Matos Gonçalves.

Adriano Costa Avelino, Antônio Fabrício de Matos Gonçalves e Roseline Rabelo de Jesus Morais, os nomes da lista tríplice do TST. Foto: reprodução

Enquanto isso, Roseline Morais, apoiada por setores progressistas, destaca-se por suas posições em causas sociais. A deputada Benedita da Silva (PT), em nota de apoio a Roseline, ressaltou a importância da equidade de gênero em todas as esferas de decisão do país. A sub-representação das mulheres nos órgãos governamentais e judiciários preocupa, como evidenciado pelo exemplo do STF, que conta com apenas uma ministra entre seus membros.

A vaga no TST, aberta desde outubro de 2022, após a aposentadoria do ministro Emmanoel Pereira, finalmente pode ser preenchida nos próximos dias, após disputas políticas que adiaram a escolha do novo ocupante da cadeira. A nomeação de Lula promete trazer à tona questões políticas e de representatividade que ecoarão no cenário jurídico nacional.

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