General Heleno recebeu informações sobre os alvos espionados pela Abin paralela, diz PF

Atualizado em 1 de fevereiro de 2024 às 10:01
General Augusto Heleno. Foto: reprodução

A Polícia Federal (PF) emitiu uma intimação para o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general Augusto Heleno, convocando-o a depor na próxima terça-feira em relação ao funcionamento de uma Abin paralela, segundo informações da colunista Bela Megale, do Globo.

O motivo da convocação reside no fato de que a PF possui dados que sugerem que o militar teria recebido informações sobre os alvos monitorados ilegalmente pela agência de inteligência durante seu mandato como ministro de Bolsonaro.

O foco da investigação da PF sobre o depoimento de Heleno é esclarecer até que ponto ele tinha conhecimento das atividades ilegais praticadas na Abin e quem eram os destinatários dos relatórios produzidos.

A Abin estava sob a supervisão do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), pasta comandada por Heleno na época dos fatos investigados.

Em declarações ao blog da jornalista Andrea Sadi, do G1, na última segunda-feira, Heleno afirmou que não teve envolvimento nos monitoramentos ilegais e questionou a necessidade de ser chamado para depor pela PF. As declarações, no entanto, foram feitas um dia antes de ser intimado.

General Heleno é intimado pela PF a prestar depoimento sobre “Abin paralela“ | CNN Brasil
General Augusto Heleno. Foto: reprodução

Vale destacar que a PF realizou ações nos dias 25 e 29 de janeiro, cumprindo mandados de busca e apreensão relacionados à investigação sobre a “Abin paralela”, que supostamente espionava, por meio do software israelense FirstMile, adversários políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na última quinta-feira, os alvos foram policiais federais que integravam a diretoria da Abin durante a gestão bolsonarista, incluindo o então diretor da Agência, Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Já na última segunda-feira, ocorreram buscas nos endereços do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), assim como em endereços de seus assessores, de Ramagem e de um militar supostamente vinculado ao esquema. Carluxo é suspeito de ter recebido informações do esquema ilegal de espionagem.

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