
Marcelo Costa Mota (46), servidor da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), repetiu o gesto do bilionário Elon Musk e fez uma saudação nazista, o “Sieg Heil”. Ele publicou uma foto nas redes sociais no dia 25 de janeiro, cinco dias depois do empresário fazer o mesmo na posse de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos.
Segundo a revista Cenarium, a imagem circulou em grupos de mensagens por aplicativo. Após críticas, ele excluiu a imagem, que ainda trazia uma bandeira vermelha, com uma águia e uma cruz, uma alusão ao regime nazista.
Ele, que trabalha no núcleo de Tecnologia da Informação na Embrapa em Manaus (AM), alegou que a foto foi uma “brincadeira”. Marcelo ingressou no órgão em setembro de 2008 e a empresa, vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), afirmou que “está apurando os fatos para adotar as medidas cabíveis com base em suas normas internas e na legislação”.
Além de servidor, Marcelo é proprietário de um selo de música independente chamado Kingdom of Darkness Productions e foi integrante de uma banda de Black Metal em Manaus.

Em nota de retratação divulgada nas redes sociais, que foi apagada posteriormente, Marcelo alegou que a foto “foi postada por terceiros” e alegou ser vítima de “difamação”. O registro foi feito no fim de semana, enquanto ele e outros amigos consumiam bebidas alcoólicas.
“Fizemos uma foto, brincando sobre tudo isto e acabou vazando e ganhando proporção”, afirmou. Ele não esclareceu a origem ou o contexto da bandeira e não expôs os supostos amigos que estavam com ele na ocasião.
Em nota, a Embrapa repudiou o gesto e afirmou que o caso está sendo “apurado com rigor e todas as medidas cabíveis serão adotadas”. Leia na íntegra:
Nota de esclarecimento sobre imagem de empregado em alusão ao nazismo – Esclarecimentos Oficiais
A Embrapa reafirma seu compromisso inegociável com os princípios democráticos, a diversidade e o respeito aos direitos humanos. A empresa repudia veementemente qualquer manifestação que faça alusão a ideologias extremistas, discriminatórias ou que afrontem os valores éticos e legais da sociedade brasileira. O caso recentemente divulgado está sendo apurado com rigor e todas as medidas cabíveis serão adotadas, em conformidade com as normas internas e a legislação vigente.
Ao tomar conhecimento do ocorrido, a Embrapa abriu processo administrativo, que está em trâmite na Corregedoria da instituição, órgão interno responsável pela apuração, e na Comissão de Ética. Também houve encaminhamento de informações aos órgãos externos de investigação competentes.
A Embrapa preza por um ambiente de trabalho pautado pelo respeito mútuo e pela ética, exigindo de seus empregados uma conduta compatível com esses valores. Qualquer comportamento que viole esses princípios será tratado com o devido rigor, garantindo a aplicação das medidas cabíveis.
Reforçamos nosso compromisso com a transparência e a responsabilidade, e seguimos acompanhando o caso com a seriedade que ele exige.
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