Segundo estudo, problema financeiro é maior barreira para universitários negros

Imagem: Arquivo Pessoal/Ezio Augusto Rosa Junior
Morador do Cangaíba, bairro periférico da região leste da cidade de São Paulo, Ezio Augusto Rosa Junior, de 26 anos, conseguiu por duas vezes o tão sonhando ingresso na rede federal de ensino superior. Em ambas, com menos de um ano de estudo, o jovem foi obrigado a abrir mão do curso superior de pedagogia por falta de dinheiro.
A história de Junior é exemplo da dificuldade que mais afasta estudantes negros das universidades, aponta o relatório “Raça, gênero e saúde mental”, fruto de pesquisa realizada pelo Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (Gemaa) da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro). Segundo o estudo, 37% dos homens pretos e pardos e 36% das mulheres pretas e pardas abandonam a universidade por problemas financeiros.
O levantamento com dados de 2018 foi feito com 124 mil estudantes de 65 instituições federais de ensino superior no país.
Junior não conseguiu voltar a estudar e hoje trabalha como gerente de redes sociais em uma agência de publicidade.
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