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Juiz absolve vereador que falou “coisa de preto” por não ver “vontade de discriminar”

Foto de Camilo cristófaro sentado em um plenário. Ele usa camisa preta, fala ao microfone, tem cabelo lambido e expressão séria.
Vereador Camilo Cristófaro. Foto: André Bueno/Rede Câmara

O Tribunal de Justiça de São Paulo absolveu o vereador Camilo Cristófaro (sem partido) de uma acusação de crime racismo, após o parlamentar usar a expressão “é coisa de preto” durante uma sessão da CPI dos Aplicativos.

O juiz Fábio Aguiar Munhoz Soares, da 17ª Vara Criminal de São Paulo, rejeitou a denúncia contra o parlamentar por entender que a fala poderia sim ser considerada discriminatória, mas foi dita “sem a vontade de discriminar”.

Segundo magistrado, a frase “foi extraída de um contexto de brincadeira, de pilhéria, mas nunca de um contexto de segregação”.

“A prova dos autos não demonstra, portanto, ser límpida e firme para fins de condenação, surgindo a decisão absolutória como a mais acertada”, diz a decisão, assinada nessa quinta-feira (13).

A denuncia havia sido feita no ano passado pelo Ministério Público de São Paulo, o qual alegou que o parlamentar “depreciou e inferiorizou a coletividade de pessoas negras ao associá-la a comportamento reprovável, ratificando estereótipos raciais negativos e reforçando representações culturais derrogatórias ao manifestar desprezo por pessoas negras, praticando preconceito e discriminação”.

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