Haddad detona controle de MEC por pastores: “Ninguém no governo Bolsonaro se salva”

O ex-prefeito de São Paulo e pré-candidato ao governo do Estado, Fernando Haddad (PT), utilizou o Twitter nesta terça-feira (22) para comentar a notícia de que pastores evangélicos controlavam o envio de verbas do Ministério da Educação. Haddad, que foi ministro da pasta entre 2005 e 2012, nos governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT), aproveitou para criticar a equipe do governo Bolsonaro. “Ninguém se salva”, disse ele.
Haddad comentou as informações reveladas pelo jornal O Estado de S. Paulo de que o ministro Milton Ribeiro, da Educação, está deixando um grupo de religiosos ligados a ele controlarem o ministério. Segundo o jornal, formou-se um gabinete paralelo composto por pastores que não têm vínculo nenhum com a administração pública nem com o setor de ensino, para beneficiar cidades onde as prefeituras são ligadas a partidos como o PL, o PP e o Republicanos.
“Bolsonaro tem a equipe mais desqualificada da história da República. Ninguém se salva. Impressionante”, publicou o ex-ministro da Educação sobre o assunto.
Bolsonaro tem a equipe mais desqualificada da história da República. Ninguém se salva. Impressionante.
— Fernando Haddad (@Haddad_Fernando) March 22, 2022
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Haddad tem sido protagonista nas últimas semanas

O professor e ex-prefeito de São Paulo tem aparecido bastante no noticiário nos últimos dias. Ele está em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto mais recentes para o governo de São Paulo.
Outro acontecimento que levou Haddad ao noticiário foi a decisão de Guilherme Boulos (PSOL) de retirar sua pré-candidatura a governador, abrindo caminho para o petista encabeçar uma unidade de esquerda em São Paulo. Em retribuição ao gesto, Haddad afirmou que apoiará Boulos nas eleições para prefeito da capital paulista em 2024.