Gabeira defende a “cooperação” com o Exército no Rio e ganha elogios do general Villas Boas
Fernando Gabeira, o Tiago Leifert da luta armada, escreveu um artigo no Globo defendendo a “cooperação com o Exército” na intervenção do Rio de Janeiro.
Gabeira se declara um tremendo entendedor da coisa:
Não estive com o Exército apenas no Haiti. Visitei postos avançados de fronteira da Venezuela, junto aos yanomamis, em plena selva perto da Colômbia. Vi seu trabalho na Cabeça do Cachorro, no Rio Negro, cobri o sistema de distribuição de água para milhões de pessoas no sertão do Nordeste.
Não tenho o direito de encarar o Exército com os olhos do passado, fixado no espelho retrovisor. Além de seu trabalho, conheci também as pessoas que o realizam.
Nesse momento de intervenção federal, pergunto-me se o Exército, para algumas pessoas da esquerda e mesmo alguns liberais na imprensa, ainda não é uma espécie de fantasma que marchou dos anos de chumbo até aqui, como se nada tivesse acontecido no caminho.
Alguns o identificam com o Bolsonaro. Outro engano. Certamente existem eleitores de Bolsonaro nas Forças Armadas como existem na igreja, nos bancos e universidades. Mas Bolsonaro e o Exército não são a mesma coisa. (…)
Há tantos combatendo exércitos fantasmas ou investindo contra moinhos que é sempre bom perguntar: afinal, qual é o foco?
Gabeira acabou ganhando um elogio do general Eduardo Villas Bôas, como você pode ver abaixo.
Artigo muito sensato do Jornalista @gabeiracombr. É chegada a hora de parar de procurar em cada ação desencadeada pela Força Terrestre uma oportunidade de crítica inconsistente e de base ideológica ao @exercitooficial – A luta contra fantasmas https://t.co/PCjkk0jKJG
— General Villas Boas (@Gen_VillasBoas) March 1, 2018