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Ambientalistas reagem a declaração de Bolsonaro sobre ‘limpa’ em Ibama e ICMBio

Bolsonaro e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. REUTERS/Adriano Machado

As declarações dadas pelo presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (29) durante uma feira de agronegócio em São Paulo geraram reações de ambientalistas e especialistas na área do meio ambiente. Durante discurso, Bolsonaro afirmou que negociou com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, “uma limpa” no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) e no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Para o engenheiro florestal Tasso Azevedo, que trabalhou na estruturação do Serviço Florestal Brasileiro, existe um “equívoco óbvio” na declaração de Bolsonaro.

O engenheiro defendeu a importância do Ibama e do ICMBio como órgãos que garantem a conservação dos recursos naturais e acrescentou que é de interesse do agronegócio que as florestas brasileiras sejam conservadas da melhor forma possível.

“Tanto o Ibama como o ICMBio são órgãos essenciais para garantir a conservação dos recursos naturais que, por sua vez, são absolutamente cruciais para a produção energética e para a produção agropecuária no Brasil. Sem floresta, sem cuidar do meio ambiente, não tem água, e sem água não tem energia. Sem água, não tem agricultura. É do maior interesse do agronegócio brasileiro que se mantenham e se conservem as florestas da melhor maneira possível”, explicou Tasso Azevedo.

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