Datafolha confirma Quaest e diz que 56% são contra anistia aos golpistas do 8/1

Atualizado em 7 de abril de 2025 às 19:21
Bolsonaristas pediram anistia em ato na Avenida Paulista. Foto: reprodução

Pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira (7) mostra que a maioria da população brasileira se opõe à anistia para os responsáveis pelos ataques de 8 de janeiro de 2023 em Brasília. Segundo o levantamento, 56% dos entrevistados são contra o perdão dos crimes cometidos durante os atos que ficaram marcados como o maior ataque às instituições democráticas desde a redemocratização do país.

Este novo estudo reforça o levantamento da Quaest, divulgado no domingo (6), que apontou a mesma porcentagem de rejeição ao projeto de anistia.

Os números detalhados da pesquisa Datafolha apontam que:

– 56% dos brasileiros são contra a anistia;
– 37% são a favor;
– 6% não sabem opinar;
– 2% se declaram indiferentes.

O estudo, realizado entre 1º e 3 de abril, ouviu 3.054 eleitores em 172 cidades brasileiras e tem margem de erro de dois pontos percentuais. A pesquisa revela uma mudança gradual na opinião pública: há um ano, 63% eram contra a anistia, percentual que caiu para 62% em dezembro de 2024 e agora para 56%. Por outro lado, o apoio à anistia subiu de 31% para 37% no mesmo período.

A divisão política fica evidente quando analisados os dados por preferência partidária:

– Entre simpatizantes do PL: 72% a favor da anistia;
– Entre simpatizantes do PSOL: 90% contra;
– Entre petistas: 68% contra.

O tema ganhou destaque após a manifestação ocorrida no domingo na Avenida Paulista, em São Paulo, convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e que reuniu cerca de 44,9 mil pessoas segundo metodologia desenvolvida pela USP em parceria com o Cebrap e a ONG More in Common.

O ato contou com a presença de governadores como Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Romeu Zema (Novo-MG), além de outras autoridades.

Quando questionados sobre a dosimetria das penas aplicadas aos envolvidos nos ataques, os entrevistados apresentaram opiniões divididas:

– 36% acham que as penas deveriam ser menores;
– 34% consideram adequadas;
– 25% defendem penas maiores;
– 5% não souberam opinar.

Crédito na imagem

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