Conselho de Direitos Humanos rejeita anistia a golpistas do 8/1 em nota após ato na Paulista

Atualizado em 7 de abril de 2025 às 18:52
A invasão ao Congresso Nacional ocorrida em 8 de janeiro. Foto: Divulgação

O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) aprovou, nesta segunda-feira (7), uma nota oficial contrária à proposta de anistia aos envolvidos nos atos terroristas ocorridos em 8 de janeiro de 2023, em Brasília. A decisão ocorre um dia após a manifestação de apoiadores de Jair Bolsonaro, realizada na Avenida Paulista, em São Paulo, em defesa da anistia.

Vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, o CNDH classificou como “inaceitável” qualquer iniciativa que busque perdoar os responsáveis pelos ataques às sedes dos Três Poderes. De acordo com o conselho, o projeto de lei em discussão representa uma ameaça à democracia e “viola os interesses da sociedade”.

“Tal proposta não promove a paz — ao contrário, fragiliza o pacto democrático e agride o princípio da igualdade perante a lei”, afirmou a presidente do CNDH, Charlene Borges. Com informações da Folha.

Charlene Borges, presidente do CNDH. Foto: Divulgação

A nota foi aprovada por unanimidade entre os membros do colegiado e teve autoria do conselheiro Carlos Nicodemos. O texto destaca ainda que a proposta de anistia pretende beneficiar “um grupo que promoveu e promove no país o engendramento de uma política contrária à democracia”.

A movimentação no Congresso Nacional em favor da anistia tem sido liderada por deputados da oposição. O Partido Liberal (PL) tenta pressionar o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar com urgência o projeto de lei que visa conceder perdão aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.

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