Braga Netto chamou ex-comandante do Exército de “cagão” por não aderir ao golpe

Atualizado em 8 de fevereiro de 2024 às 14:45
Os generais Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil, e Freire Gomes, ex-comandante do Exército. Foto: Reprodução

O general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e ex-candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro, chamou o então comandante do Exército, Freire Gomes, de “cagão” por não aderir ao movimento golpista do governo. Em diálogo com bolsonarista, ele compartilha um texto que acusa o então chefe da Força de “omissão e indecisão”.

A PF encontrou os ataques ao comandante em conversa de Braga Netto com Ailton Barros, militar e então candidato do PL nas eleições para deputado no Rio de Janeiro. No diálogo, de dezembro de 2022, ele encaminhou uma mensagem atribuída a um amigo que reclama de Freire Gomes.

“Meu amigo, infelizmente tenho que dizer que a culpa pelo que está acontecendo e acontecerá é do Gen. Freire Gomes. Omissão e indecisão não cabem a um combatente”, diz o texto enviado por Braga Netto. Em resposta, Ailton diz que o comandante da Força deveria ser “entregue aos leões” se continuasse resistindo. “Oferece a cabeça dele. Cagão”, afirma o general na sequência. 

Braga Netto chamou comandante do Exército de “cagão” e o acusou de “omissão e indecisão”. Foto: Reprodução

Braga Netto foi um dos 33 alvos de operação de busca e apreensão da Polícia Federal nesta quinta (8). As mensagens constam na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou as ações.

A “Operação Tempus Veritatis” ainda cumpriu quatro mandados de prisão preventiva e impôs 48 medidas cautelares, que incluem a proibição de contato entre os investigados, restrição de saída do país e suspensão do exercício de funções públicas.

Os principais alvos da ação de hoje são o ex-presidente Jair Bolsonaro; os ex-ministros Augusto Heleno, Anderson Torres e Paulo Sérgio Nogueira; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e os ex-assessores Marcelo Costa Câmara e Filipe Martins, que foram presos.

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