Jair Bolsonaro se manifestou sobre o julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode torná-lo inelegível e disse que “o jogo não acabou”, mas que se sente “completamente injustiçado”. A corte já registrou os votos de quatro ministros e o placar é de três a um contra o ex-presidente até o momento.
“Vi o resumo de alguns votos. Um falou que eu interferi no resultado das eleições. Se eu interferi, eu tinha que ter ganho. Qual interferência que eu tive na reunião com embaixadores? Pelo amor de Deus. Reunião para falar sobre sistema eleitoral é um crime capital para a política de alguém?”, afirmou.
Ele esteve no Rio de Janeiro na tarde de hoje e participou de coletiva de imprensa no aeroporto Santos Dumont nesta quinta (29). A ideia é voltar amanhã a Brasília para acompanhar o desfecho do julgamento.
Ele foi questionado sobre um possível sucessor, caso seja considerado inelegível, e disse que deve se tornar “um bom cabo eleitoral”. “Se eu estiver fora do jogo, vou ser talvez um bom cabo eleitoral. Tem vários bons nomes por aí, mas acredito até o último segundo na isenção e em um julgamento justo e sem revanchismo por parte do TSE”, prosseguiu.
O julgamento de hoje foi suspenso por Alexandre de Moraes após o voto de quatro ministros: o relator, Benedito Gonçalves, que foi seguido por André Ramon Tavares e Floriano de Azevedo Marques, e Raul Araújo, o único voto divergente.
O caso será retomado nesta sexta (30) para a votação dos três ministros restantes. A primeira será Cármen Lúcia, vice-presidente do tribunal, que deve votar contra o ex-presidente e já formar maioria por sua condenação. Em seguida, Kassio Nunes Marques e Alexandre de Moraes darão seu parecer.