O ex-presidente Jair Bolsonaro elogiou a iniciativa de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, de impor tarifas contra o Brasil e outros países. Ele diz que o republicano “está apenas protegendo o seu país” e culpa Lula por ter o que chama de “mentalidade socialista”.
“Uma eventual guerra comercial com os EUA não é uma estratégia inteligente e que preserva os interesses do povo brasileiro. A única resposta razoável à tarifação recíproca dos EUA é o governo Lula extinguir a mentalidade socialista que impõe grandes tarifas aos produtos americanos, inviabilizando o povo brasileiro de ter acesso a produtos de qualidade mais baratos”, disse o ex-presidente no X.
Bolsonaro diz que Trump tenta evitar um “vírus socialista” nos Estados Unidos e que “dobrar a aposta e escalar a crise com o nosso 2º maior parceiro comercial não é uma resposta sábia”. Ele ainda alega que não teve uma guerra com o país por ter “diálogo” com o republicano. “Eu apostei na diplomacia, não no conflito”, acrescenta.
– Uma eventual guerra comercial com os EUA não é uma estratégia inteligente e que preserva os interesses do povo brasileiro. A única resposta razoável à tarifação recíproca dos EUA é o governo Lula extinguir a mentalidade socialista que impõe grandes tarifas aos produtos…
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) April 2, 2025
O post foi feito um dia depois de o Senado Federal aprovar, por unanimidade, um projeto de lei que permite ao Brasil aplicar sanções comerciais a países que não garantirem uma relação econômica equilibrada. A ideia do texto é criar uma resposta às ameaças de Trump.
Se a medida for aprovada na Câmara dos Deputados, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) poderá suspender concessões comerciais e investimentos, além de impor ordens restritivas a importações ou taxações adicionais a países.
A senadora Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura no governo Bolsonaro, foi a responsável pela redação final do projeto e é a relatora do texto.
O governo Lula também tem estudado se aliar a países ou blocos econômicos para reagir ao “tarifaço” de Trump. O Palácio do Planalto quer tratar o assunto diplomaticamente e não subir o tom inicialmente, tentando negociar de maneira calma e discreta.
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