Beyoncé, o colar de R$ 161 milhões e o fetiche da mercadoria identitarista. Por Carlos Fernandes

Atualizado em 28 de agosto de 2021 às 11:49
Jay-Z e Beyoncé
Jay-Z e Beyoncé

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Por Carlos Fernandes

É simplesmente inacreditável.

A “diva” que há não muito tempo lançou um clipe completamente estigmatizado do continente africano a título de “homenagem”, agora se “empodera” como a “primeira mulher negra” a ostentar um diamante de 161 milhões de reais roubado justamente do povo africano.

É tudo tão errado a começar pela manchete.

Essa seria bem mais condizente com a realidade se assim fosse descrita:

“Abraçada ao marido que a espancou, Beyoncé se esbalda ao expor com toda a pompa um dos símbolos mais caricatos do poder branco burguês materializado como produto acabado da exploração colonial secular do imperialismo mundial”.

Ah, o fetiche da mercadoria!

Quando a gente fala que o identitarismo é uma das armas mais estratégicas do liberalismo econômico, ninguém acredita.

Djamila Ribeiro com sua bolsinha cafona da Prada deve ter entrado em surto psicótico.

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