
Um agente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) revelou à Polícia Federal que monitorou o ex-deputado Jean Wyllys após suspeitas de que ele fosse o responsável por uma série de críticas direcionadas ao então presidente Jair Bolsonaro, divulgadas no X. As declarações integram a investigação sobre o uso ilegal da Abin para espionagem de adversários políticos de Bolsonaro, conforme informações do Globo.
No depoimento, o servidor da Abin contou que um diretor da agência o orientou a fazer a consulta de um número de telefone, identificado como pertencente a Wyllys. O chefe da agência, então, solicitou o uso do programa First Mile – ferramenta israelense que permite a geolocalização de alvos com base em dados de celulares, para monitorar o ex-deputado.
O uso dessa ferramenta para espionar opositores foi revelado em 2023.

O agente explicou que a pesquisa foi realizada devido a uma “campanha contra o presidente” no X, que estava sendo atribuída a Wyllys. O mesmo homem também teria recebido informações sobre outros números de telefones associados ao ex-parlamentar, mas descobriu que se tratavam de familiares do ex-deputado
A missão, no entanto, foi encerrada após uma entrevista de Wyllys, na qual ele informou que estava em Barcelona, e não foi possível comprovar sua participação na campanha contra o ex-chefe de Estado.
A revelação sobre o monitoramento de Jean Wyllys pela Abin paralela já havia sido divulgada anteriormente, mas até então o motivo exato da espionagem não era conhecido.
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