
O presidente Lula (PT) passou a associar ações do governo à valorização da família como tentativa de reduzir a rejeição entre os evangélicos. A mudança de tom foi motivada por alertas de aliados, que pedem maior aproximação com o segmento ainda em 2025.
Um recente levantamento da Genial/Quaest mostrou crescimento da rejeição entre evangélicos: a desaprovação ao governo Lula subiu de 58% para 67% entre janeiro e março de 2025.
Como resposta, o chefe de Estado brasileiro pretende dar mais destaque à figura materna, reforçar o protagonismo feminino nas famílias e evidenciar políticas como o Minha Casa Minha Vida e escolas de tempo integral.
Segundo assessores, o presidente quer mostrar que suas ações têm impacto direto na vida das famílias. O discurso deve ser intensificado em viagens pelo país, especialmente nas periferias, onde há forte presença evangélica. Para integrantes do governo, esse público está mais aberto ao diálogo do que as grandes lideranças religiosas, muitas alinhadas a Bolsonaro.

Pastores que apoiaram Lula em 2022 alertam que não foram mais procurados e que o distanciamento pode comprometer a campanha de 2026. “Transformar as ações do governo dentro do espectro família é uma forma de comunicar com o evangélico”, disse o pastor Sergio Dusilek.
A equipe do presidente avalia estratégias para se conectar com evangélicos sem entrar em disputas morais ou ideológicas. Gilberto Carvalho defendeu parcerias com igrejas que já atuam com acolhimento e assistência social. Para ele, o foco deve estar no cuidado com os mais pobres, o que também é defendido pelas igrejas, independentemente da posição política.
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