Vítima da cloroquina: advogado do Paraná morre com hepatite medicamentosa causada pelo “kit covid”

Atualizado em 10 de abril de 2021 às 11:58
Luiz Antônio Leprevost

Segue o cortejo de mortes causadas pelo “tratamento precoce” preconizado por Bolsonaro e acólitos — que serão julgados não pela história, mas pela justiça, algo que começa na CPI do genocídio.

Faleceu na sexta-feira, aos 69 anos, o empresário Luiz Antônio Leprevost, de Curitiba.

Advogado, ex-diretor do Banestado, da Telepar e da Copel, era vice-presidente da Associação Comercial do Paraná.

Filho de prefeito na era JK, ele estava internado na UTI do hospital Nossa Senhora das Graças. Segundo a família, deu o último suspiro ao lado do filho poeta Luiz Felipe.

Ele tratava uma hepatite medicamentosa contraída após o uso de remédios sem eficácia para a covid-19.

Penou 69 dias na maca e recebeu alta, mas precisou voltar ao hospital devido não ao coronavírus, mas à degeneração do organismo causada pelo “kit covid”.

Há poucas semanas, um outro filho, Ney Leprevost, secretário de Justiça, Família e Trabalho, fez um desabafo.

“Sei bem o que esses medicamentos podem fazer com uma pessoa. Meu pai, lamentavelmente, errou ao tomá-los e está há cinco meses lutando contra as sequelas da covid-19. Está no hospital fazendo diálise porque esses remédios causaram a ele hepatite medicamentosa”, disse.

De acordo com Ney, não apenas o fígado, mas “os rins também foram afetados”.

“Depois do que aconteceu com meu pai, não tomo cloroquina nem que o Bolsonaro invada minha casa e aponte o revólver para minha cabeça”.

A capital paranaense tem um tal Programa de Voluntariado Paranaense, Provopar, que promove médicos adeptos de cloroquina, ivermectina e outras picaretagens.

Chamam de “tratamento imediato”. Precisam ir para a cadeia.